Autor: Giácomo Rabaiolli Ramos
Turma: 1ª série B do Ensino Médio
Unidade: Lajeado
Professora: Romério Gaspar Schrammel
A princesa acorda. Olha para além das muralhas, onde se é livre, mas sabe que seu lugar não é lá. Entra a serviçal, que a arruma, põe-lhe o vestido. Pede à jovem para que desça, pois seus pais querem vê-la antes de partir. Após um breve diálogo e um abraço apertado, um até logo que durará um longo tempo. É chegada a hora do almoço. Comida farta, convidados e nobres se aglomerando em volta da mesa de mogno. Satisfeita, a princesa caminha até o jardim. Toma seu típico banho de sol enquanto lê “A Ilíada”. Quando vem o crepúsculo, encaminha-se para a sala de jantar. Dessa vez come pouco – é recomendado que mantenha o peso. Por fim, volta ao quarto e, antes de dormir, recebe sua dose diária do remédio.
A garota acorda. Olha para além da grande cerca, onde se é livre, mas sabe que seu lugar não é lá. Entra a empregada, que a arruma, põe-lhe o uniforme. Pede à jovem para que desça, pois seus pais querem vê-la antes de partir. Após um breve diálogo, um abraço apertado, um até logo que durará até o próximo domingo. É chegada a hora do almoço. Comida farta, outros residentes, alucinados, talvez loucos ou dementes, aglomeram-se em volta da mesa de madeira escura. Satisfeita, a garota caminha até o pátio. Toma seu típico banho de sol enquanto lê “A Ilíada”. Quando vem o crepúsculo, é encaminhada para a sala de jantar. Dessa vez come pouco, como orienta o médico. Por fim, volta ao quarto e, antes de dormir, recebe sua dose diária do remédio.
Remédio esse que é deixado sob o travesseiro, junto a tantos outros. Mais um dia, acorda a princesa.