Autora: Isabela Schumacher
Turma: 3ª série A do Ensino Médio
Unidade: Lajeado
Professora: Letícia Gracioli
Após estudar e empenhar-se muito para entrar em alguma universidade, tudo o que o estudante quer é comemorar essa conquista e aproveitar as novas experiências da melhor maneira possível. Um fator que, muitas vezes, atrapalha seu aproveitamento do primeiro ingresso na faculdade é o trote universitário.
Considerado rito de passagem para os calouros, o trote universitário é uma prática na qual os veteranos dos cursos fazem com que os novos estudantes passem por situações criadas por eles e que são, normalmente, humilhantes ou perigosas. As pessoas que mandam outras para essas situações de maneira deliberada e consciente querem apenas mostrar que são melhores e que estão no comando.
Os calouros, de modo ingênuo, fazem o que lhes é dito para serem aceitos nessa rede de estudantes do mundo universitário. Errou quem disse que os anos do Ensino Médio são os piores. Por conta do trote, muitos que passam por ele ficam com sequelas e marcas no seu comportamento e outros, aqueles que se recusam a participar, não são vistos da mesma forma, levando até mesmo à prática do bullying por parte dos veteranos em ambos os casos. Além disso, ocorrem muitos trotes em que as pessoas se machucam e morrem.
A universidade não é um local para a ocorrência de atividades desse tipo. Ela serve como ponto de muito estudo e aprendizagem, além de ser um espaço que aceita as diferenças de todos os estudantes. Infelizmente, como ela ainda é usada como meio de espalhar o trote, leis devem ser criadas pelo governo para proibir essa prática. Não só o trote violento deve ser proibido como os humilhantes também, pois mexem com o psicológico e a autoestima das pessoas. Se a lei não for seguida por estudantes, as universidades terão de tomar providências para punição dos mesmos que, além disso, terão de arcar com complicações jurídicas que virão a seguir. Para as universidades que acreditam na parte boa do trote, a integração dos alunos, uma opção é o trote solidário que ajuda no bem-estar das pessoas ao invés de causar o mal-estar, como o trote normal faz.