Da humilhação para o suicídio

Autor: Eduardo Sartori Parise
Turma: 9ª série A
Unidade: Lajeado
Professora: Letícia Gracioli

Quem assistiu ao filme “Silencio Rompido”, provavelmente, se lembrará da busca implacável da mãe de Dina Van Cleve para achar o culpado da publicação virtual de fotos íntimas de sua filha, que, após sofrer bullying e cyberbullying, acaba se suicidando. Embora o suicídio dessa jovem tenha sido fictício, essa prática repete-se, na vida real,  em muitos países, inclusive no Brasil.
Desde os primórdios da humanidade, o suicídio assombra e transforma a história de povos, por exemplo, no Antigo Egito, Cleópatra se matou com o veneno de uma serpente, no Brasil, Getúlio Vargas se suicidou em 1954, graças à impopularidade e a conflitos políticos, mas também o suicídio pode ocorrer com pessoas menos simbólicas, como com a jovem Júlia Rebeca que, depois de ter vídeos íntimos publicados na internet, acabou por se matar. Todos esses exemplos revelam que, como a Organização Mundial da Saúde indicou, o suicídio está relacionado à ansiedade, causada por traumas, por pressão social ou, principalmente, pelo bullying e cyberbullying, que podem levar da depressão a atos de crueldade contra si.
    Além disso, a faixa etária mais propensa a ser vítima de agressões psicológicas é a juventude, a qual sofre, geralmente, as humilhações do bullying e, atualmente, do cyberbullying. Elas, muitas vezes, vêm dos colegas que os ferem mental ou fisicamente, por conta de algumas características que julgam imperfeitas, não se importando com o sofrimento provocado na vitima, a qual esconde seus sentimentos, acreditando que, se denunciar os agressores, a situação piorará.
    Mantendo a dor consigo, o jovem se isola cada vez mais, e isso somente agrava o problema, porque, além de ser humilhado, em alguns casos, diariamente, tem de lidar ainda com a solidão. Com essa dificuldade, acaba por acreditar que a opção mais fácil é atentar contra o próprio corpo, podendo se machucar, ou, até mesmo, morrer. Com essa preocupação, o governo brasileiro aprovou, em 2013, a lei que tornou o bullying e o cyberbullying crimes, porém com ela quase nenhum efeito surtiu.
Portanto, para o suicídio, realmente, diminuir, é necessário que o governo do nosso país invista em propagandas, nos meios de comunicação, sobre o grave efeito provocado nas vítimas de humilhação. Além disso, as escolas, tanto públicas quanto particulares, deveriam trabalhar sobre os dois tipos de bullyings para que, com essas suas formas de conscientização, os brasileiros sejam ainda mais respeitosos.

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