Autora: Júlia Piccinini
Turma: 3ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Letícia Gracioli
Aos condôminos que exigiram a assembleia,
Senhores (as), venho através desta, expressar a minha indignação frente à situação envolvendo a empregada de nosso condomínio. Foi realizada, na última semana, uma assembleia para tratar sobre a melhor forma de lidar com a situação de que a “empregada” havia comprado um carro. Uma vez pagando o aluguel da garagem, ela está no seu direito, como ser humano, de ir e vir e, assim, de investir o dinheiro dela como preferir.
Dada a criação da reunião, é importante que nela se discutam assuntos de real importância para todos os moradores do prédio: tarifas, estacionamento, reformas e segurança deveriam ser os principais focos das discussões. O fato de a nossa auxiliar de limpeza ter um carro 0 km em sua garagem não nos diz respeito. Ela, assim como outros, batalha dia-a-dia para aquirir aquilo que almeja.
Já houve um tempo em que a classe mais baixa da sociedade não tinha condições necessárias para se integrar socio e economicamente. Diplomas, casa nova e viagens de avião eram um sonho distante. De alguns anos para cá, entretanto, eles puderam, enfim, se socializar e integrar-se. Porém, não lhes damos espaço para tanto.
Com isso, peço que a hipótese de tirar a vaga da garagem da empregada ou diminuir seu pagamento, seja descartada, uma vez que ela, como nós, tem direitos como cidadã. Não é necessário um diploma de faculdade se não souber ser, nas ações diárias, humano e ético. Vamos, dia após da, batalha por um lugar mais justo e de igual direito a todos.
Grata de sua compreensão, despeço-me
J.P.
Roca Sales, 06 de julho de 2015