Autor: Natan Jahn Gravina
Turma: 2ª série A do Ensino Médio
Unidade: Lajeado
Professora: Letícia Gracioli
Após o famoso incidente de Geisy Arruda na USP, em São Paulo, o assédio feminino virou – e perpetua-se – questão muito debatida em âmbito nacional. O tema garante intensa discussão, isso por um simples motivo: a aparência rege o comportamento social.
Deparar-se com qualquer situação evoca do atuante sensações muito específicas, de acordo com os fatores que a envolvem. Em uma era estritamente visual, na qual pessoas que dispõem dos cinco sentidos utilizam-se basicamente de um para traçar suas ações, o aspecto da aparência, como consequência, dita os tipos e a intensidade das relações interpessoais de um ambiente.
A vestimenta, por sua vez, como importante elemento de amostragem plástica do indivíduo, interfere diretamente na forma como o mesmo é visto e tratado. A partir dessa constatação, é possível entender, mas não justificar, os casos de assédio tendo mulheres como vítima sexual. Assim, roupas que favorecem a exibição do corpo pela parte feminina geram, infeliz e naturalmente, atos desrespeitosos e, muitas vezes, criminosos por parte do gênero masculino.
O problema abordado pode então ser caracterizado de forma genérica, fugindo ao ditame exclusivamente de abuso sexual. Independentemente do tipo de aparência/vestimenta utilizada, provirão dela atitudes profundas de motivos superficiais: o embasamento visual. Como no empirismo proposto por John Lock, deve-se gozar de todo e qualquer sentido para compreensão completa e abrangente do mundo.
Considerando-se tais argumentos, explicita-se uma solução: a desvalorização visual em detrimento de um melhor entendimento do que nos cerca. Valores diferentes devem ser ensinados e exemplificados pela família e pela escola, onde uma opinião não surge por motivos fúteis e não motiva ações de mesma razão.